segunda-feira, 26 de maio de 2008

Me engano

Me engano sem enganos. Foi assim ao longo dos anos, por todo o tempo em que passei vivendo ou passei sem ter passado o que se transformou em passado.
Se não me engano, ainda às vezes me engano, e faço imiscuir um plano indecifrável na vida inexorável que se tornará o mais provável dos resultados esperados. Mas vão-se os vãos, as frestas, as penúrias e as festas, as alforrias e as manias, tão maduramente aceitas por quem me conhece e aceita.
Portanto a gente se ajeita. Há, parte a parte, sonhos irrealizados, minutos desvividos, sonhos desvalidos, esquecidos, desnutridos até de lembrança. Ainda assim, a gente dança. Dança quem lembra da dança, da esperança da substância feita apenas do provável, mas jamais do realizado.
Portanto é assim, começo meio e fim são a mistura do treco que estamos vivendo agora, e perguntando atônitos:
Isso é hora???

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