segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ela pensou que me amava

Ela pensou que me amava. Foi coisa da juventude, que desafiou a finitude de tudo. Afinal, qualquer coisa o tempo apaga. Após trinta e tantos anos nos reencontramos. Ela lembrou que pensou que me amava e se entregou ao seu sonho. Nessa entrega veio toda, não poupou nenhum afago. Fez tudo o que havia aprendido nos anos em que não se guardara, mas aguardara.
Me ofertou um carinho antigo, deu-se por inteiro após todo esse tempo a quem um dia julgou ser o primeiro a merecer seu corpo. Revelou o que era bom apenas como mistério, veio inteira e, enquanto ela gozava, eu, tolo, levava a sério.

Um comentário:

Unknown disse...

Engano duplo,carência em duplicata.