segunda-feira, 26 de maio de 2008

Hoje não!

Hoje, eu até faria um poema, com imagens reais, triviais. Mas o que vejo são figuras abissais, profundas e irreais, de monstros e colossais desvios de conduta genética e lógica.

Eu até queria escrever um poema, uma poesia pequena, doce, de arrancar, quem sabe, lágrimas menores e entendimentos surpresos. Mas meus pesos estão a me atar pés, mãos digitalizadoras, pontas de dedos que parecem sempre intuir meus medos e se calam numa verdadeira artrite existencial. Não faz mal.

Se eu queria e não o fiz, é porque me faltou a raiz, o sopro, a inspiração menor ou, até ela tenha vindo e eu não a tenha percebido.

Fica o registro do inusitado. Agora, só ficarei do meu próprio lado a esperar oportunidades mais claras. Essas, que nos exigem os cantos das Iaras, nem pensar!

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